Polícia prende 11 pessoas acusadas de corrupção na prefeitura de Campinas

20/05/2011 - 19h20

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A polícia prendeu hoje (20) 11 pessoas acusadas de corrupção na prefeitura de Campinas. O vice-prefeito, Demétrio Vilagra e os secretários municipais Francisco de Lagos Viana Chagas (Comunicação) e Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública) estão entre os acusados. 

Os três tiveram tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e são considerados foragidos. Eles não foram localizados durante a operação do Ministério Público (MP). Além deles, foi decretada a prisão de seis suspeitos que estão foragidos.

Segundo o MP, as prisões são resultado de investigações sobre um esquema de fraudes em concorrências e contratação de serviços pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), empresa de saneamento de economia mista controlada pela prefeitura de Campinas.

O Ministério Público não deu mais detalhes sobre a operação e nem sobre o valor movimentado pelos acusados, mas informou que uma grande quantidade de dinheiro, além de computadores, documentos digitais e papéis foram apreendidos.

Em Campinas foram presos o diretor da Sanasa Aurélio Cance Junior e os empresários Ricardo Cândia, Valdir Carlos Boscatto e Gregório Vanderlei Cerveira. Nas cidades de Jundiaí, Vinhedo, Jaguariúna e São Paulo também foram presos os empresários João Carlos Ibrahim Gutierrez, Marcelo Quartim Barbosa de Figueiredo, Luiz Arnaldo Pereira Mayer, Pedro Luiz Ibrahim Hallack, João Tomás Pereira Junior, Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes.

Estão foragidos os empresários Gabriel Ibrahim Guttierrez, Dalton dos Santos Avancini, Ivan Goretti de Deus, Emerson Geraldo de Oliveira, José Carlos Cepera e Maurício de Paulo Manduca.

De acordo com o MP, Oliveira, Cepera e Manduca já estiveram presos em outubro do ano passado por participação no comando de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo prefeituras e empresas públicas nos estados de São Paulo e no Tocantins.

A Agência Brasil tentou contato com a Sanasa, mas não obteve sucesso. A prefeitura de Campinas informou que o prefeito da cidade, Hélio de Oliveira Santos, vai se pronunciar por meio de seu secretário jurídico, mas até o momento o pronunciamento não ocorreu.

 

 

Edição: Rivadavia Severo