Comunidades pacificadas do Rio discutem implantação de projetos sociais

20/05/2011 - 21h54

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O programa Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Social que prevê a instalação de infraestrutura nas comunidades pacificadas do Rio começou a sair do papel hoje com o 1º Fórum Social UPP, em Santa Teresa, região central da cidade.

O evento, na quadra da comunidade do Escondidinho, reuniu lideranças comunitárias, moradores, organizações não governamentais (ONGs), diretoras de escolas e creches e representantes de vários órgãos municipais e das concessionárias de serviços públicos e entidades que atuam nos territórios hoje pacificados. Eles discutiram a maneira mais rápida de implantar projetos sociais nessas comunidades.

A prefeitura carioca, por meio do Instituto Pereira Passos, assinou um acordo de colaboração com o escritório regional do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos na América Latina (ONU-Habitat), que auxiliará na produção e na análise de dados das comunidades, além da gestão local das UPPs sociais.

A missão é promover o desenvolvimento social, reverter o legado da violência, deixado pelo tráfico, e da exclusão territorial, além de consolidar os avanços trazidos pela implantação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A expectativa é trazer assistência a cerca de 13 mil pessoas nessas comunidades de Santa Teresa.

A prioridade é para projetos na área de infraestrutura, urbanização, saneamento básico, assistência social e educação. O diretor do Instituto Pereira Passos, e um dos idealizadores do fórum, José Marcelo Zacchi, disse que esse tipo de evento amplia a integração entre os diversos níveis de governo e a sociedade civil.

”Quando a gente fala desse tipo de integração em sentido mais amplo, obviamente não estamos falando de um outro ator que vai chegar ali [na comunidade]e fazer alguma outra coisa sozinho e que vai dar conta do recado. A gente abre um leque de demanda e de atores”, disse.

Zacchi falou ainda das dificuldades a serem vencidas pelo programa como um todo.“O desafio principal do programa, antes de tudo, passa o de ser capaz de articular e coordenar as ações dos diversos órgãos públicos, em instâncias diversas naquele território, para que a gente tenha as várias dimensões da ação pública acontecendo ali, e de forma integrada, concatenada e efetiva, sem sobreposição, sem deixarmos lacunas e desarticulação”.

O diretor do Instituto Pereira Passos disse ainda que até o fim do ano, a meta do governo é implantar o programa em todas as 19 UPPs instaladas no município, beneficiando 360 mil pessoas.

 

Edição: Aécio Amado