Da Agência Brasil
Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou que a discussão sobre a biodiversidade não está restrita à proteção de plantas e animais. O Dia Internacional da Biodiversidade foi instituído pela Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1993, originalmente em 29 de dezembro. A partir de 2000, a data passou a ser comemorada no dia 22 de maio, próximo domingo.
Biodiversidade é o termo usado para designar a variabilidade de organismos vivos (flora, fauna, fungos e micro-organismos) existentes no planeta e responsáveis pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.
“A sociedade brasileira tem que entender o que significa a conservação da biodiversidade no seu dia a dia”, defendeu. “É importante que cada um entenda o que significa biodiversidade e o que isso tem a ver diretamente com a qualidade de vida, qualidade do crescimento econômico e do desenvolvimento social do país”, completou a ministra.
Nos últimos 20 anos, o Brasil perdeu cerca de 333 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Mesmo com toda essa destruição, o país detém a quarta maior área do mundo coberta por unidades de conservação – mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, o que equivale a 8,5% do território brasileiro.
Segundo Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atualmente 10% de toda a biodiversidade brasileira é responsável por 50% dos fármacos e cosméticos produzidos no mundo inteiro.
“Conservar a nossa biodiversidade é garantir o nosso futuro no ponto de vista ambiental e econômico porque, a partir dessa biodiversidade, podemos garantir a sustentação do ser humano na Terra”, completa Rômulo.
Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, o grande desafio do Brasil é definir estratégias para os próximos anos, compatíveis com as metas internacionais aprovadas na 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP-10), que ocorreu em outubro de 2010 em Nagoia, no Japão. “Nosso compromisso é finalizar isso para a Conferência Rio+20, no ano que vem, para aprovar quais serão as estratégias e metas por meio de um amplo diálogo com a sociedade”, afirma. “Preservar a biodiversidade não é função só do governo, e sim de cada um de nós”, completa Bráulio.
Edição: Talita Cavalcante//Matéria alterada para correção de informação, na segunda-feira (23), às 12h12.