Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A criação do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central (BC), anunciada hoje (18), é uma iniciativa no sentido de “harmonizar melhor, de forma mais integrada”, as diferentes instâncias que tratam de questões financeiras no banco. Foi o que afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, em entrevista que a diretoria do BC explicou o porquê da criação do colegiado.
Ele disse que comitês similares também estão em fase de implantação na União Europeia, Inglaterra e nos Estados Unidos, com vistas a aprimorar e dar mais governança aos diferentes sistemas financeiros. Ele ressaltou que “o momento é favorável para a instituição também do comitê brasileiro, em razão do interesse crescente de bancos estrangeiros no Brasil”.
O diretor de Regulação do Sistema Financeiro, Luiz Pereira da Silva, reforçou que “o novo fórum amplia a capacidade de análise e decisão” da autoridade monetária. Ele ressaltou, ainda, que o comitê é criado em um contexto de “robustez do cenário nacional”, favorável ao monitoramento do sistema como um todo.
Meirelles afirmou que a ideia de instalação do Comef vinha sendo amadurecida há algum tempo, provocada pela percepção de que a estabilidade da moeda tem relação direta com a estabilidade do sistema financeiro. “São áreas distintas, mas qualquer decisão sobre uma afeta imediatamente a outra. Portanto, elas precisam andar juntas”, explicou o diretor de Fiscalização.
Para o diretor, como os cenários na área econômico-financeira mudam constantemente, aumentam cada vez mais os desafios e, com isso, é necessário um trabalho permanente de aprimoramento das ações. “É isso que estamos fazendo, com o objetivo de melhorar a governança corporativa. Queremos organizar e integrar as áreas que trabalham com estabilidade financeira para aprimorar nossa massa crítica”.
Edição: Lana Cristina