Da Agência Telam
Brasília - O regime do presidente da Líbia, Muammar Kadhafi, recusou hoje (1º) as condições apresentadas pelos rebeldes para um cessar-fogo e assegurou que manterá as tropas militares nas cidades que estão sob domínio do governo.
Os rebeldes líbios admitiram a possibilidade de um cessar-fogo com o governo desde que as forças leais a Kadhafi sejam retiradas de algumas cidades.
"Não nos peça para deixar a nossa cidade. Se isso não é loucura, eu me pergunto: o que mais pode ser?", disse o porta-voz do governo em Trípoli, Mussa Ibrahim. Ele também acusou a coligação internacional que conduz as ações de intervenção na Líbia de praticar crimes contra a humanidade, após as denúncias de que civis foram atingidos nos bombardeios em Trípoli.
A situação na Líbia é crítica. Desde fevereiro, rebeldes tentam pôr fim aos mais de 40 anos de Khadafi no poder. A retaliação do líder líbio foi violenta e levou a ONU a aprovar a criação de uma zona de exclusão aérea para proteger a população civil.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumiu, no último dia 30, o comando das operações militares internacionais na Líbia. As forças de coalizão – sob o comando dos Estados Unidos, da França e Grã-Bretanha – comandam os ataques na região desde o último dia 19 sob a alegação de que é necessário impor uma zona de exclusão aérea na região.