Luciene Cruz e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Com um mercado consumidor de quase 200 milhões de habitantes, estabilidade democrática e potencial energético, a economia brasileira pode servir de fonte de criação de empregos nos Estados Unidos. Essa foi a mensagem passada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, em encontro com empresários dos dois países promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O presidente norte-americano também destacou a importância do Brasil no fornecimento de energia para a maior economia do mundo. Segundo ele, a extração do petróleo da camada pré-sal consolidará a importância do Brasil nessa área.
“Podemos ajudar a fornecer tecnologia para extrair o petróleo. Quando o Brasil começar a vendê-lo, queremos ser os melhores fregueses. A instabilidade em algumas regiões do mundo afeta o preço do petróleo. Os Estados Unidos ficariam felizes se encontrassem uma fonte estável e segura de energia”, disse.
Segundo Obama, a cada US$ 1 milhão que o Brasil importa dos Estados Unidos, cinco empregos diretos são criados em território norte-americano. Atualmente, afirmou o presidente, os EUA vendem US$ 50 bilhões em bens e serviços por ano ao Brasil, o que gera 250 mil postos de trabalho lá.
Para o presidente norte-americano, o intercâmbio comercial e de investimentos estrangeiros diretos é vantajoso para os dois lados. Obama lembrou que as filiais de empresas brasileiras no exterior foram responsáveis por 42 mil postos de trabalho nos Estados Unidos em 2008.
“A economia não é uma via de mão única. Os Estados Unidos são o segundo maior mercado de exportação do Brasil e diversas empresas brasileiras investem nos Estados Unidos, principalmente em siderurgia e informática”, disse Obama.
“Queremos fortalecer elos econômicos para permitir mais oportunidades para ambos os países. Temos oportunidade para vender para um dos maiores países com um mercado de 200 milhões de consumidores”, destacou o presidente.
Em relação às empresas norte-americanas no Brasil, Obama lembrou que os setores de telecomunicações e energia são os que mais recebem investimentos dos Estados Unidos. Segundo ele, esse potencial pode ser ampliado com investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além do fornecimento de tecnologia para a exploração de petróleo na camada pré-sal.
Depois de discursar, Obama se reuniu brevemente com empresários norte-americanos e cinco empresários brasileiros: Roger Agnelli, da mineradora Vale; José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras; Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, e Robson Andrade, presidente da CNI.
Edição: Juliana Andrade
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