Novo presidente diz que recebeu missão de modernizar Eletrobras

28/02/2011 - 19h33

 

Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - O novo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, que assumiu hoje (28) em lugar de José Antonio Muniz, no Rio de Janeiro, afirmou ter recebido da presidenta Dilma Rousseff a missão de modernizar a empresa e elevar seu valor no mercado e a consequente rentabilidade.

 

“Ela me pediu muito que continuasse a participação da Eletrobras nos planos de expansão para garantir a oferta e tivesse um cuidado especial com o processo de operação e manutenção para que a confiabilidade do sistema fosse cada vez melhorada mais”, afirmou Cavalho Neto.

 

No curto prazo, a prioridade de Carvalho Neto será a continuidade do projeto de transformação da Eletrobras, conferindo à companhia um valor de mercado cada vez maior. “Hoje, se você pega o valor de mercado dela pelo patrimônio líquido, é um valor baixo, comparado com empresas top do mundo. Vamos continuar o plano estratégico, definir os objetivos, metas, estratégias, desdobrar essas metas para toda a cadeia organizacional da empresa e cobrar os resultados.”

 

Ele está convicto de que, com essas ações, o resultado apresentado pela holding do setor elétrico e suas coligadas será melhor do que o de hoje. “Esse é o principal ponto”. De acordo com estudo da consultoria Economática, a Eletrobras apresentava em agosto do ano passado a segunda maior queda nominal de valor de mercado. A estatal tinha US$ 23 bilhões, no final de 2009, contra US$ 14,7 no dia 23 de agosto,o que significa queda de US$ 8,3 bilhões ou 36,1 % no período.

 

Carvalho Neto disse que além de aumentar o valor de mercado da Eletrobras, Dilma quer que a estatal contribua para a modicidade tarifária e a universalidade dos serviços de energia elétrica. “Só tem um jeito de fazer isso: é que a empresa seja cada vez mais eficiente. Que ela reduza os custos, que tenha maior produtividade. E é isso que vamos procurar ter. É a única forma de você conseguir, nessa equação, atender a essas duas coisas ao mesmo tempo”.

 

O novo presidente da Eletrobras pretende também enfatizar o processo de internacionalização da empresa, estimulando ações que objetivem a integração energética do Brasil com os países da América do Sul. “Para se ter uma ideia do nicho de negócios nos países da América Latina, informamos que conforme estudos da Comissão de Integração Elétrica Regional (Cier), o potencial hidrelétrico inventariado é 594 gigawatts (GW), dos quais somente 147 GW estão aproveitados, restando, portanto, 477 GW a desenvolver.”

 

Na área social, ele disse que será dada continuidade ao Programa Luz para Todos e ao Plano Nacional de Eficiência Energética, cuja meta é reduzir em 10% o consumo de energia elétrica no final de 2030. Ele anunciou ainda que será instituído o Prêmio Eletrobras para os melhores projetos sobre redução de impactos ambientais no setor elétrico.

 

Edição: João Carlos Rodrigues