Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União (OGU), antes da sanção da lei orçamentária, reforça o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. A CNI espera que a firmeza demonstrada agora, com esse ajuste fiscal, seja mantida ao longo do ano.
O presidente da entidade, Robson Andrade, já manifestara antes a necessidade de um corte mínimo de R$ 40 bilhões, com o objetivo de reduzir as expectativas de fortes aumentos na taxa básica de juros (Selic). Agora, a CNI diz que a redução no ritmo de crescimento dos gastos públicos, que retira o caráter expansionista da política fiscal, “é fundamental para o controle efetivo da inflação”.
De acordo com a CNI, o corte de R$ 50 bilhões limita o aumento dos gastos federais, neste ano, em 3,4% em termos reais na comparação com 2010. Abaixo, portanto, da previsão oficial de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), estimada pelo governo em 5% para 2011 – um pouco acima do cálculo dos analistas financeiros de um crescimento de 4,60%, expresso no boletim Focus divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira (7).
Com a desaceleração dos gastos públicos para adequá-los ao crescimento da economia, existe agora, na avaliação da CNI, “maior sintonia entre as políticas fiscal e monetária”, visando à manutenção da inflação em patamar reduzido e a diminuição da taxa de juros real no médio prazo.
Edição: Rivadavia Severo