Alta mais lenta dos alimentos reduz pressão inflacionária em São Paulo

09/02/2011 - 9h55

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), teve alta de 1,12%, na primeira prévia de fevereiro, taxa ligeiramente abaixo da registrada no encerramento de janeiro (1,15%). Este decréscimo reflete, principalmente, a acomodação de preços dos alimentos que, na média, subiram 0,29% ante 0,73%.

As carnes bovinas tiveram queda média de preços de 2% com destaque para o filé-mignon encontrado por até 11% menos. Também ficaram mais baratos o arroz (-2,54%) e o feijão (-14,76%).

Dos sete grupos pesquisados, cinco indicaram avanços em índices superiores aos apurados no levantamento anterior entre os quais o de transporte que passou de 3,18% para 3,24%. Entre os motivos estão a correção no valor das corridas de táxis que implicou em alta no cálculo inflacionário de 14,45%, além de influências sobre o aumento das despesas com tarifas de ônibus e lotação, licenciamentos e contratação de serviços de despachantes.

Este grupo deve continuar pressionando o IPC porque, no próximo domingo (13), os bilhetes para viagens em trens do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ficarão mais caros. A tarifa única do metrô que hoje custa R$ 2,65 subirá para R$ 2,90.

Como sempre ocorre nesse período do ano, os gastos com educação também continuam pesando no orçamento das famílias, mas já mostra um arrefecimento. A taxa passou de 5,61% para 4,81%. Em movimento contrário aumentou a velocidade de alta no grupo habitação (de 0,41% para 0,58%), impulsionada pela cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em alta de 1,75% e reajustes nos serviços de assinatura de TV a cabo e sinal de satélite (8,39%).

Os demais grupos em alta foram: despesas pessoais (de 0,85% para 0,89%) sob influência, entre outros, dos serviços de cabeleireiro, manicure e barbeiro; saúde (de 0,39% para 0,73%) provocado, principalmente, pela elevação dos serviços médicos e vestuário (de 0,04% para 0,15%) já em processo de finalização das liquidações de verão.

Edição: Lílian Beraldo