Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A candidata Marina Silva (PV) e seu vice, Guilherme Leal, que ficaram em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, já apresentaram à Justiça Eleitoral a prestação de contas da campanha. Ao todo, foram arrecadados R$ 24.108.859,74. O valor é três vezes menor que o estimado pela campanha no momento de registro de candidatura: R$ 90 milhões.
Leal, que é um dos fundadores da empresa Natura, contribuiu sozinho com quase metade dos gastos da campanha, cerca de R$ 11,9 milhões. Na declaração de bens para a Justiça Eleitoral, no momento do registro, Leal afirmou ter um patrimônio de cerca de R$ 1,19 bilhão.
Os sócios do empresário também fizeram doações: Antônio Luiz da Cunha Seabra contribuiu com R$ 200 mil, enquanto Pedro Luiz Passos doou R$ 150 mil. Ronuel Macedo de Mattos e Anízio Pinotti, acionistas da empresa, doaram R$ 50 mil cada.
A maior quantidade das doações individuais de Marina Silva veio de pessoas físicas por meio de cartão de crédito, método que foi inaugurado nestas eleições. A maioria dos valores está entre R$ 5 (o mínimo permitido) e R$ 100. No início da campanha, esperava-se que a candidata arrecadasse R$ 15 milhões pela internet.
Depois de Leal, a maior doadora individual foi Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal, já morto e que foi dono do Banco Itaú, e coordenadora de educação na campanha de Marina. Ela contribuiu com R$ 573,5 mil. O segundo maior doador individual foi o empresário Eike Batista, que colaborou com R$ 500 mil.
A família Moreau, que tem tradição no movimento cultural paulistano e que é considerada grande colaboradora da campanha de Marina, doou mais de R$ 535 mil.
Edição: Aécio Amado