Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O crescimento de 22% do setor de turismo no período de 2003 a 2007, superior ao aumento observado para o conjunto da economia, que foi de 19,3%, de acordo com pesquisa divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultou, em grande parte, do planejamento estabelecido para a atividade.
“Hoje, há um plano nacional de turismo para desenvolver as regiões turísticas. Há foco nos investimentos e planejamento. Esta é a palavra-chave para o setor experimentar um crescimento desta monta. Nós esperamos que ele vá crescer mais ainda nos próximos anos”, afirmou o secretário nacional de Políticas de Turismo, Carlos Silva.
Para isso, o ministério está investindo na divulgação do Brasil no exterior, com foco nos mercados em que existe emissão de turistas para o país. É dada ênfase também à promoção do mercado interno, disse Carlos Silva, tendo em vista que 85% do turismo no Brasil são feitos no mercado doméstico. “Nós precisamos promover o Brasil para os brasileiros. Esse tem sido um trabalho incansável do ministério”.
Ele ressaltou que os investimentos em promoção têm sido feitos pelo governo em parceria com a sociedade civil, estados e municípios. O orçamento do Ministério do Turismo, que era de R$ 300 milhões em 2003, saltou para R$ 4,6 bilhões anuais este ano.
A ascensão da nova classe C demanda também maior atenção do ministério na formulação de políticas públicas para o setor turístico. “Nós temos feito estudos contínuos para poder diagnosticar quais são os setores em que nós temos que melhorar. Hoje, com o mercado aquecido e mais consumidores consumindo turismo, nós temos que ter produtos de qualidade. Não basta ao turismo ter atrativos naturais com que o Brasil é abençoado”.
É preciso, segundo o secretário, qualificar e preparar esses destinos para que eles possam ser ofertados às pessoas, estimulando-as a viajar e consumir cada vez mais turismo. “São quase 30 milhões de brasileiros que ascenderam de classe e entraram no mercado de consumo e isso gera um resultado altamente positivo para o turismo”. Segundo ele, a estabilidade econômica é um fator que favorece o turismo, na medida em que permite que as pessoas se programem para viajar, “o que causa segurança para o mercado e economia para o consumidor”.
De acordo com Carlos Silva, há atualmente uma expectativa de crescimento da atividade turística ainda maior para os próximos anos, devido aos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil a partir de 2011. “Isso vai possibilitar uma grande divulgação do Brasil. O país vai ser conhecido mais e mais no exterior e também internamente. Nós vamos ter oportunidade de mostrar que o Brasil tem, além de sol e praia, futebol e carnaval, outras qualidades, como a Amazônia e o Pantanal. E tem, principalmente, um país com estabilidade política e econômica e as pessoas podem vir com tranquilidade”.
O Ministério do Turismo está trabalhando nesse sentido, fazendo qualificação profissional, viabilizando investimentos para a rede hoteleira e em infraestrutura turística, e promovendo o Brasil no exterior e no mercado interno, disse Silva.
Edição: João Carlos Rodrigues