Frente fria provoca chuva e ventania na Região Sul

14/09/2010 - 11h01

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - Uma intensa frente fria vinda do norte da Argentina avança hoje (14) pela Região Sul, deixando o dia nublado com pancadas isoladas de chuva no Paraná e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, o tempo é nublado e a chuva atinge o norte do estado, de acordo com o último boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o meteorologista do Inmet, Flávio Varone , em Canguçu, no Rio Grande do Sul, a frente fria associada a um ciclone extratropical que atingiu a região nesta manhã, provocou ventos até 90 quilômetros por hora (km/h).

Esta frente fria provoca um ligeiro declínio na temperatura dos estados do Sul , que oscila entre 6 graus Célsius (°C) e 33°C. A previsão do Inmet é que a temperatura caia ainda mais nas próximas horas chegando a 2°C amanhã (16), nas regiões serranas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para o Paraná, está previsto muito nevoeiro e ocorrência de geada nesta quarta-feira no planalto sul de Santa Catarina e na Campanha e Serra do Nordeste no Rio Grande do Sul.

No Paraná, segundo a meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Sheila Paz, a chuva atingiu o estado na noite de ontem (13), pela fronteira oeste, acompanhada de trovadas e ventos de 60 km/h. Em Foz do Iguaçu, a primeira mudança sentida foi no aumento da umidade do ar, que chegou a 89 %.

O tempo seco aumenta significativamente o número de atendimentos a incêndios em vegetação no Paraná, onde não chove desde o início de agosto. “Durante todo o ano passado foram registradas 7.198 ocorrências. Este ano, atendemos até agora quase 8 mil”, disse à Agência Brasil o chefe da Divisão de Defesa Civil, major Osni José Bertolini.

O major faz um apelo à população para que não realize queimadas (práticas agropastoris ou florestais, onde o fogo é usado de forma controlada, atuando como fator de produção) nesses dias. “As chuvas que chegaram hoje ao estado ainda são muito fracas e isoladas para modificar o atual quadro de incêndios florestais”, destacou.

Edição: Talita Cavalcante