Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP), Dôglas Evangelista Ramos, assumiu o governo do Amapá após o escândalo que afastou o atual governador, Pedro Paulo Dias de Carvalho, preso hoje (10) com mais 17 pessoas. Entre os presos estão o ex-governador Waldez Góis (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Júlio Miranda. Eles são acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos.
De acordo com o tribunal, Ramos está reunido com autoridades estaduais para definir como fica o governo do Amapá a partir de agora. O governador em exercício foi o primeiro presidente do TJ-AP.
Com o afastamento do governador, o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Jorge Amanájas (PSDB), seria o primeiro na linha sucessória. Mas ele não pôde assumir pois se desincompatibilizou do cargo para disputar a eleição ao governo estadual. Ele é uma das 87 pessoas contra as quais foram expedidos pela Justiça mandados de condução coercitiva para dar explicações à Polícia Federal.
A Operação Mãos Limpas desarticulou hoje (10) uma organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, que desviava recursos públicos do estado do Amapá e da União. Além da PF, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União, o Banco Central e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acompanham a operação.
Amanhã (11), às 9h45, o presidente do TJ-AP e o governador em exercício receberão a imprensa na sala de reuniões da Presidência do tribunal, para uma entrevista coletiva.
A matéria foi alterada para acréscimo de informação//Edição: Vinicius Doria