Preço do barril de petróleo do pré-sal continua indefinido

25/08/2010 - 20h49

Sabrina Craide e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Autoridades do setor energético se reuniram hoje (25) durante todo o dia no Palácio do Planalto para definir o preço do barril do petróleo que será utilizado para a capitalização da Petrobras.

O governo, no entanto, não divulgou o resultado do encontro, que contou com as presenças dos ministros de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, da Casa Civil, Erencie Guerra e da Fazenda, Guido Mantega, além do presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli e do presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima.

Durante a manhã, a ANP apresentou o laudo da certificadora Gaffney, Cline & Associate sobre o preço do barril de petróleo. Na parte da tarde, foi a vez da Petrobras apresentar os números da DeGolyer and MacNaughton, contratada pela estatal para avaliar o preço do barril. 

Ainda não foram divulgados os resultados dessas consultorias. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o preço do barril de petróleo que vem sendo praticado em outros países que exploram o óleo em águas profundas está entre US$ 5 e US$ 10.

O preço do barril do petróleo será a base da capitalização da Petrobras, prevista para ocorrer no dia 30 de setembro. O valor final foi calculado levando em conta as avaliações independentes contratadas pela Petrobras e pela ANP. 

O valor da capitalização dependerá da cessão onerosa, que vai permitir que a Petrobras capte recursos para explorar o pré-sal. O governo poderá ceder à estatal até 5 bilhões de barris de petróleo em áreas ainda não concedidas. Os detalhes da cessão onerosa ainda devem ser formalizados em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

 

Edição: Rivadavia Severo