Versiani defende que Congresso discuta a utilidade do horário eleitoral na divulgação de ideias

15/07/2010 - 22h34

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro Arnaldo Versiani, responsável pelas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral que regulamentam as eleições deste ano, afirmou que o horário eleitoral gratuito não é a melhor forma de transmitir as ideias dos candidatos, e que o custo acaba sendo muito alto para o país.

Versiani ministro fez a afirmação à Agência Brasil logo após a audiência que ocorreu hoje (15) para tratar sobre o plano de mídia para o horário eleitoral gratuito das próximas eleições presidenciais. Estima-se que neste ano o horário eleitoral gratuito custe mais de R$ 850 milhões aos cofres públicos. As emissoras de rádio e TV podem deduzir do Imposto de Renda 80% do que receberiam caso o horário fosse destinado à propaganda comercial.

“Acho que deveria começar uma discussão sobre a utilidade do horário eleitoral gratuito”, defende Versiani. Ele acredita que o Congresso Nacional poderia ser o responsável por um levantamento para saber até que ponto a propaganda eleitoral tem servido para a compreensão das ideias dos candidatos.

O ministro ainda sugere a internet como saída para que as mensagens dos políticos sejam mais produtivas. “Espero que a internet seja cada vez mais usada nas campanhas, pois assim os eleitores podem conhecer melhor o que os candidatos propõem, se tem consistência”, disse. Para Versiani, os poucos minutos destinados à exposição em rádio e TV não são insuficientes para expor um plano de governo.

O ministro também acredita que o debate é a melhor forma de exposição de ideias, uma vez que tira o caráter marqueteiro das propagandas e tem mais credibilidade entre os eleitores, o que acaba resultando em boas audiências.

 

 

Edição: Aécio Amado