Professor exonerado no Distrito Federal se diz perseguido por ser homossexual assumido

15/01/2010 - 14h08

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Secretaria deEducação do Distrito Federal divulgou nota esclarecendo que apunição ao professor Marcus Maciel teve como única razão a nãoprestação de contas prevista no sistema de gestão compartilhada.O professor foiexonerado da direção do Centro de Ensino Fundamental Mestre D'Armasnº 4, na periferia de Planaltina, cidade satélite de Brasília, esuspenso como professor, sem direito a receber vencimentos por 90dias. Marcus Maciel se queixa de queo fato de ser homossexual assumido seria uma das razões para suadestituição, o que é negado pela secretaria.A não prestação decontas no prazo legal, de acordo com a nota, levou aCorregedoria Geral do GDF a abrir Tomada de Contas Especial para queMaciel devolva os R$ 60 mil aos cofres públicos, deixando claro que"nada mais consta contra Maciel".Segundo a AssessoriaEspecial de Comunicação da secretaria, o professor teve 90 dias deprazo para comprovar a regularidade do gasto de R$ 60 mil repassadosà escola, mas "não conseguiu esclarecer o destino dodinheiro".Na manhã de hoje (15), cerca de 20 alunos e pais fizerammanifestação em favor de Maciel em frente ao colégio, que tem1.200 estudantes da primeira à quarta séries. O professor disse ementrevista que a prestação de contas está pronta para serapresentada, bastando apenas a assinatura dos professores, que estãode férias.A comunidade se divideno apoio ao diretor afastado. Há queixas de pais e estudantes sobredeficiências nas instalações, falta de professores em razão deabonos, licenças e afastamentos por problemas de saúde. Esse teriasido o motivo de abaixo assinado encaminhado à secretaria contra apermanência de Maciel.Outras pessoas dacomunidade, no entanto, defendem o professor dizendo que ele foi umbom diretor e sempre trouxe para a escola todas as inovaçõescriadas pela Secretaria de Educação.