Multidão acompanha o velório de Zilda Arns no Palácio das Araucárias em Curitiba

15/01/2010 - 17h11

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Uma multidão acompanha do lado de fora do Palácio dasAraucárias, sede do governo do Paraná, ovelório da médica Zilda Arns, para prestar a última homenagem a fundadora e Coordenadora Internacional da Pastoral da Criança, quemorreu durante o terremoto no Haiti, na última terça-feira (12). Além da presença de políticose das principais autoridades eclesiásticas do país, caravanas de voluntários chegam a toda hora, vindos do interior e de vários estados. A pastoral tem 300 mil voluntários no país. A coordenadora da Pastoral daCriança da Arquidiocese de São Paulo, Maria do Rosário Gazzola, disseque a maior lição deixada por Zilda foi a importância de vincularespiritualidade e trabalho. “Sempre que ia visitar a pastoral paulistae tínhamos algum encontro com políticos ou nos dirigíamos a algumacomunidade, ela entrava no carro e nos convidava a rezar pela missãodaquele dia”. Atitudes que segundo a coordenadora, deixava todosseguros e animados. “É com esse ânimo que continuaremos nosso trabalhojunto às famílias que moram em favelas, cortiços e acompanharemos as16,5  mil crianças atendidas pelas seis regiões episcopais da cidade”.DeUnião da Vitória, cidade do interior do estado, vieram 27 voluntáriasprestar a última homenagem. Acoordenadora da pastoral no município, Roseli Silva, disse que sempreouviu de Zilda que apenas pessoas que têm muito amor no coraçãopodem trabalhar na pastoral. “Ela conseguia ser grande e humilde aomesmo tempo”.As jovens Luana Pereira, 17 anos, Ana Paula, 18 e IaraCastro, 17, trabalham na sede da pastoral em Curitiba e conviveram com a médica na rotina do trabalho. Elas disseram que alição que ficou com a morte da médica foi "fazer tudo muito bem feito".Segundo Luana, “ela era exigente  mas muito amorosa”.Os relatos detodos que conviveram com Zilda, autoridades, familiares, amigos,voluntários, são muito parecidos, coerentes, confirmando o que disse hoje seu sobrinho, o senador Flávio Arns, que ela “viveu para fazer obem, mas o mais importante, ensinou as pessoas a fazer o bem”.