Inpi apoia programa de desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas

15/01/2010 - 6h46

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - OInstituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) vai dar continuidade nesteano ao processo de apoio aos programas tecnológicos das Forças Armadas. “A gente tem buscado trabalhar com as três Forças e com o Ministério da Defesa, no sentido de apoiar o programa de desenvolvimento tecnológico por meio da propriedade intelectual”,disse à Agência Brasil o presidente do Inpi, Jorge Ávila. Oórgão é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior.Segundo Ávila, o esforço do Inpi tem sido de capacitar asinstituições de pesquisa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,orientando-as para que busquem a proteção mais adequada para apropriedade intelectual. O objetivo é permitir às Forças Armadas ter um conjunto de trabalhos de propriedade intelectual que abra portas para acesso a tecnologias de terceiros países epara uma participação mais negociada e dinâmica nos mercados detecnologia do mundo. “E para que se possa construir uma cooperação tecnológicamais fluida entre o setor militar e a indústria brasileira”, acrescentou opresidente do instituto.O desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro é um dos projetos apoiados, disse Ávila. “Todos os  projetos das três Forças são alvo dessa ação. Tudo aquilo que possa gerar resultados originais, soluções tecnológicas  próprias, são objeto dessa ação”.Os técnicos do Inpi procuram alertar os militares para a importância e a necessidade de proteger os resultados de suaspesquisas. O mesmo ocorre em relação às universidades e instituições depesquisa. “As pessoas precisam entender que oresultado da pesquisa que foi feita com investimento público é umpatrimônio público. E da mesma maneira que eu zelo pelo patrimônio  público material, eu tenho que zelar pelo patrimônio público imaterial”.Em 2010, o Inpi vai dar continuidade à série de seminários e palestras que leva às empresas e cidadãos brasileiros informações sobre como proteger seus produtos por meio do registro de patentes e marcas. Ávila afirmou que esse trabalho de conscientização  “tem que ser continuado e aprofundado”.Para ele, a indústria brasileira, “na medida em que tiver acesso facilitado à informação sobre o sistema de marcas e patentes, vai ter mais valor ainda por meio da utilização desses dois sistemas”.