Governo paulista prepara equipes para o resgate de vítimas no Haiti

15/01/2010 - 13h27

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Um grupo com 30 bombeiros, quatro médicos e quatro enfermeiros foi disponibilizado pelo governo do Estado de São Paulo para reforçar as equipes brasileiras que vão atuar no Haiti, devastado pelo terremoto da última terça-feira (12). Até o final da manhã de hoje (15), ainda não estava definida a data do embarque, que será coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Durante a manhã, homens do Grupo de Resgate e Atendimento de Urgências (Grau-Resgate) e demais componentes da força-tarefa estiveram no Ambulatório do Viajante, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) para receber orientações sobre os riscos de eventuais enfermidades que estarão sujeitos e também para atualização de vacinas.Segundo a infectologista Tânia Chaves, responsável pelo departamento, a maioria não precisou reforçar as doses de medicamentos preventivos. “A orientação foi no sentido de alertar o grupo sobre os riscos de adoecerem por causa do consumo de água e alimentos e também de serem vítimas de vetores que transmitem malária e dengue”. Ainda de acordo com a médica, são recomendadas, rotineiramente, aos viajantes com destino à áreas como a do Haiti estar em dia com as imunizações contra a febre amarela, tétano, febre tifóide, sarampo, caxumba , rubéola e hepatites A e B .Um dos integrantes dessa força-tarefa que irá ao Haiti é o cabo Eduardo Alves Cardoso, do 2º Grupamento de Incêndio do Corpo de Bombeiros. Ele contou que iria tomar apenas a vacina contra o tétano. Apesar de jovem, tem 27 anos, já incorporou missões bem delicadas como a do resgate das vítimas soterradas no desmoronamento das obras da estação Pinheiros do Metrô de São Paulo,ocorrido em 12 de janeiro de 2007 e que deixou um saldo de 7 mortos.Ele ainda não tinha definido o papel exato que desempenhará no Haiti. Mas sabe que terá pela frente a dura missão de agir em um país arrasado pelo terremoto. “Minha esposa é que está bem apreensiva”, contou ele que tem um filho de 2 anos.Além de cães farejadores, preparados para as buscas de vítimas soterradas, as equipes vão levar equipamentos de salvamento como os utilizados em rapel para o caso de ter a necessidade de escalar em alturas.