A 13 dias das eleições no Chile, Piñera e Frei intensificam campanha

04/01/2010 - 10h01

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A uma semana e meia do segundo turno das eleições no Chile, os dois candidatos da oposição e do governo intensificam suas campanhas norádio e na televisão, além de caminhadas pelas principais cidades dopaís. O empresário Sebastián Piñera (Alianza), que obteve 44,23% dosvotos no primeiro turno, e  o governista e ex-presidente Eduardo FreiRuiz (Concertación), que conseguiu 30,5%, polarizaram os discursos natentativa de mostrar suas diferenças.Frei Ruiz, de esquerda, nacampanha de televisão, atacou o lado empresarial e rico de Piñera, dadireita. Nos inserts de TV, a equipe do ex-presidente da Repúblicaironizou os sinais de riqueza presentes na campanha do adversário ebrincou com a suposta precificação de  produtos em dólares.Comocontrapartida, Piñera reagiu ao afirmar que o estilo de Frei Ruiz estáobsoleto e que ele deixou a desejar no período em que governou o Chile– de 1994 a 2000. O tom do discurso do candidato da direita é de que énecessário optar pela mudança.Cerca de 9 milhões de eleitores chilenos deverão ir às urnas no dia 17. O primeiro turno das eleições, em 13 de dezembro,não motivou o eleitorado chileno. Na ocasião, dois candidatos foramtirados do páreo: o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio e o deextrema esquerda , Jorge Arrate.O esforço de Frei Ruiz ePiñera é para conquistar o eleitorado de Enriquez-Ominami, que obteve14% dos votos no primeiro turno. Oficialmente, o independente negouque apoiaria um dos candidatos, mas nos bastidores aceitou conversarcom Frei Rui. Arrate, por sua vez, que obteve pouco mais de 5% dosvotos, declarou apoio ao ex-presidente da República.Apesar dasdeclarações oficiais e não oficiais de apoio, os analistas políticosacreditam que Piñera é o favorito para vencer as eleições. Se issoocorrer, será a primeira fez, desde a redemocratização do Chile, que adireita vencerá as eleições no país vizinho.A surpresa é que oresultado das eleições mostra que a presidente do Chile, MichelleBachelet, não foi capaz de transferir votos para seu candidato, FreiRuiz. De acordo com estudiosos chilenos, no país não há a tradição detransferência de votos porque a presidente não pode participardiretamente das campanhas, embora atue nos bastidores. AtualmenteBachelet tem mais de 80% de apoio popular no Chile. Como no país não háreeleição, ela já afirmou que irá se candidatar à Presidência daRepública nas próximas eleições – em 2013.