Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A tensão no Surinameaumentou por causa da cobrança por informações sobre osdesaparecidos durante o ataque ocorrido em Albina (a 150 km dacapital Paramaribo), segundo o padre José Virgílio da Silva, quedirige a rádio Katolica. Para o religioso, as prisões de 35supostos envolvidos no conflito, realizadas hoje (28) pelasautoridades surinamesas, indicam que há um esforço para apurarresponsabilidades e colaborar com as vítimas.Para o padre, há nomínimo sete desparecidos, entre eles brasileiros. Virgílioregistrou em imagens e som toda a destruição que viu no local –um dos bairros de Albina ocupado basicamente por estrangeiros quetrabalham em garimpos.“Afirmo que há setedesaparecidos porque ouvi inúmeros relatos de pessoas e tomei váriosdepoimentos de quem vive na região e diz que há pelo menos setedesaparecidos”, afirmou o padre à Agência Brasil.Virgílio foi atéAlbina logo após o ataque na noite do último dia 24. Segundooreligioso, as cenas registradas por ele são alarmantes: casasdestruídas e objetos pessoais jogados no chão, além de evidênciasde violência e terror. “Agora todos se perguntam: 'Onde estão osdesaparecidos'?”O padre disse quepretende voltar a Albina para acompanhar de perto as buscas e asinvestigações. Para ele, há um esforço das autoridades em darrespostas ao conflito. “As buscas confirmam que há, sim,um esforçodas autoridades”, disse.