Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva marcou para a primeira quinzena de janeiro umareunião com os ministros da área econômica para discutir aampliação de investimentos no país em 2010. Entre os assuntos aserem debatidos, está a segunda edição do Programa de Aceleraçãodo Crescimento, o chamado PAC 2.Segundo o ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, a ideia é traçar um plano deinvestimentos para 2010 e também para os próximos anos, mesmo apóso fim do segundo mandato de Lula. “O governo acaba, maso Brasil não”, disse Bernardo, ao término da reunião da JuntaOrçamentária.“O Brasil vaicontinuar precisando de ferrovias, aeroportos e portos”, disseBernardo, independentemente de quem ganhar as eleições de 2010.“Alguns [projetos] podem ter algum grau de polêmica, mas háconsenso sobre a imensa maioria. Vamos apenas iniciar o processo deplanejamento.”Em relação ao PAC 2,Bernardo afirmou que inicialmente será realizada uma reunião entreo presidente Lula, e os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, daFazenda, Guido Mantega, e ele próprio. Depois, o assunto serátratado por todos os ministérios envolvido no programa. “Opresidente tem falando no PAC 2. O Planejamento já tinha feito umtrabalho para tentar adiantar [o lançamento do programa], masele [Lula] combinou que fará uma reunião ainda em janeiropara tratar do assunto.”Bernardo adiantou quena segunda etapa do PAC serão priorizadas as grandes obras delogística de transporte e nos setores elétrico e deinfraestrutura. "Vamos fazer um levantamento do que está sendofeito no PAC e existem demandas que são complementares. Algumascoisas que podem melhorar, principalmente as grandes obras que estãosendo feitas.”Quanto à execução doOrçamento deste ano, o ministro do Planejamento disse que, apesar dacrise econômica e da consequente queda de receita, houve uma boaexecução. No entanto, segundo ele, devem ficar para 2010 cerca deR$ 60 bilhões de resto a pagar.Ainda de acordo com oministro, na reunião de hoje ficou acertado que serão liberadosrecursos extras para o Ministério da Defesa para o pagamento dedespesas com a aquisição de helicópteros, manutenção ecombustível. Além disso, serão liberados aproximadamente outrosUS$ 60 milhões para o pagamento de dívidas com organismosinternacionais.