Petroleiros rejeitam proposta da Petrobras e podem parar por tempo indeterminado

22/10/2009 - 19h33

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os empregados da Petrobras ligados àFederação Única dos Petroleiros (FUP) rejeitarama nova contraproposta apresentada pela empresa e poderãoentrar em greve por tempo indeterminado a partir da próximasegunda-feira (26), com a realização das assembleias da categoria em todo o país.O diretor de Administraçãoe Patrimônio da FUP, José Maria dos Santos Nascimento,disse, em entrevista à Agência Brasil, que asegunda contraproposta apresentada pela Petrobras aos petroleiros foi rejeitada na própria mesa de negociações naúltima terça-feira (20), quando seis integrantes doSindipetro-RJ decidiram permanecer ocupando a sala onde ocorreu areunião.“Essa segunda contraproposta foiainda pior do que a primeira. Ela aumenta a descriminaçãocontra os aposentados e pensionistas e causou revolta atéentre os empregados da ativa. Por isso decidimos rejeitar a propostana própria mesa de negociação e ocupar a sala dereunião, repetindo dezembro de 2007 quando lá ficamospor 11 dias”, disse.Um dos pontos mais importantes dapauta de reivindicações da FUP é a suspensãodas punições impostas pela Petrobras à parte dacategoria que aderiu à última paralisação.Eles querem ainda a reposição com base no índicedo custo de vida do Departamento Intersindical de Estatísticae Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 3,75%, ganho real de 10%e produtividade de 5,1%. A FUP representa 12 dos 18 sindicatosligados à estatal (com cerca de 32 mil trabalhadores) queatuam em bases importantes de distribuição, refino eprodução – inclusive as plataformas da Bacia deCampos, no litoral norte do Rio de Janeiro, região responsávelpor mais de 80% de toda a produção nacional depetróleo, hoje da ordem de 2 milhões de barris depetróleo por dia.Sobrea ocupação da sala da reunião, a Petrobrasdisse, por meio de nota, que ao término da reunião deapresentação de nova proposta para o Acordo Coletivo deTrabalho 2009 na noite de terça-feira, com a presençade 53 representantes sindicais, seis sindicalistas decidirampermanecer no local.