Fundo social do pré-sal poderá aplicar mais que os rendimentos em projetos sociais

31/08/2009 - 20h06

Luciana Lima e Mariana Jungmann
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O percentual do fundo social a ser aplicado em saúde, moradia e em projetos que atendam asclasses mais baixas não foi detalhado nos projetos do marco regulatório daexploração do petróleo, encaminhados hoje (31) ao Congresso Nacional. No entanto, a ministra-chefe da Casa Civil, DilmaRousseff, assegurou que pelo menos os rendimentos irão para os projetossociais. “Nós não somos a Noruega, que tem 5 milhões dehabitantes, todo mundo tem casa, acesso à saúde, à educação. O certo éa aplicação dos rendimentos, mas pode ser que tenhamos que destinar umpercentual maior”, afirmou a ministra, referindo-se ao país nórdico, que tem  umfundo semelhante ao que vai ser criado no Brasil.O fundo social, que será formado com os recursos da exploração do petróleo da camada pré-sal, terá princípios“rígidos” de aplicação, considerando rentabilidade e liquidez, ressaltou a ministra. De acordo com Dilma, o fundo terádiversas aplicações e poderá investir em infraestrutura, naconstrução de hidrelétricas, ou em prospecção de novos poços depetróleo, por exemplo. “Nós também achamos que, entre as aplicações, serápossível investir em infraestrutura social, desde que seja compatívelcom os princípios de gestão do fundo”, afirmou a ministra. Aindasegundo ela, a educação e os programas de combate à pobreza receberão recursos“a fundo perdido”. “O ideal seria fazer esses investimentos a partir darenda do fundo, mas isso nós ainda vamos avaliar”, completou Dilma.Dilmae o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicaram tambémdetalhes sobre a subsidiária da Petrobras que será criada paraadministrar a exploração do petróleo. A Petro-Sal estará em todos oscampos e ainda poderá participar dos consórcios para exploração dealguns campos do pré-sal, informou Lobão. “O que ela tem que ter é capital humano. Pode ser não mais de 130 pessoas. Até menos”, disse ele.