DEM vai ao TSE contra Lula e Dilma por propaganda eleitoral antecipada

12/02/2009 - 18h54

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Democratas (DEM) vai entrar com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima semana, contra o presidente Luia Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, por campanha eleitoral antecipada. A informação foi dada hoje (12) pelo líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO). O líder argumenta que a participação do presidente e da ministra no encontro dos prefeitos foi uma antecipação da campanha eleitoral.Caiado disse que a ação, a ser apresentada ao TSE pela presidência do DEM, visa denunciar a antecipação da campanha presidencial e também mostrar que as regras eleitorais proíbem campanhas antes das convenções partidárias. "Vamos dizer sobre as regras eleitorais, sobre a antecipação de campanha. Se esse processo vale para todos, então queiniciemos também a campanha dos candidatos da oposição", disse Caiado.O líder do DEM informou que o tom dos discursos do presidente e da ministra foram de campanha, além do stand montado fora do auditório do evento, para que os prefeitos pudessem tirar fotos, ladeados pelo presidente e pela ministra "numa foto-montagem. Isso não é propaganda? Isso é um santinho. Ali já está o santinho pronto", protestou Caiado.Segundo Caiado, os prefeitos não estão levando nenhum benefício para os seus municípios desse encontro. "O prefeito não está ganhando nada. Ele está sendo enganado, iludido. Para conseguir uma prorrogação, ele vai ter que assinar uma dívida e nós sabemos que grande parte dessa dívida foi imbutida e que ele terá a correção da dívida com taxa Selic".Hoje, o deputado Ronaldo Caiado entrou, no Tribunal de Contas da União (TCU), com uma representação solicitando "auditorias e inspeções nas despesas realizadas pelo governo para custear o encontro nacional de prefeitos e prefeitas e também a identificação dos responsáveis por eventuais irregularidades, bem como a aplicação das devidas sanções legais".O líder acusou o governo de utilizar recursos públicos para se autopromover e também de usar imagens de programas federais para destacar a ministra Dilma Roussef. "Temos de ter limites e regras. Houve o uso abusivo da máquina do governo", acusou o líder. E acrescentou: "o que se questiona é o desrespeito das regras legais".