Para economista, gastos de início de ano e crise financeira deixam saldo da poupança no vermelho

07/02/2009 - 0h18

Da Agência Brasil

Brasília - Em janeiro, osbrasileiros sacaram mais do que depositaram na caderneta de poupança.A mais tradicional modalidade de investimentos começou o anode 2009 com a maior perda de recursos desde abril de 2008. Segundo oBanco Central, no último mês, as retiradas de dinheiroda poupança superaram os depósitos em R$ 486milhões.A perda no mês de janeiro éconsiderada normal, devido às despesas típicas deinicio do ano. As viagens, os gastos com as festas de final de ano, acompra do material escolar e o pagamento de impostos, como IPVA e IPTU,costumam deixar o orçamento dos brasileiros apertado.No entanto, de acordo com a professora dodepartamento de economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),Maria Beatriz David, eles não são os únicosresponsáveis por deixar o saldo da caderneta de poupançano vermelho. Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, ela afirmou que a crise financeiramundial também influenciou o resultado negativo.“Os dois fatores sãoimportantes. Janeiro é tradicionalmente um mês comdespesas excepcionais, como pagamento de impostos e matrículaescolar. Mas, o grande problema do último mês foi aqueda no emprego. E o Brasil, desde setembro já sofre osimpactos da crise de forma mais visível”, disse.Para a economista, os trabalhadores começarama sentir mais fortemente os impactos da crise e, para minimizar essesefeitos, o governo deve criar medidas para disponibilizar o crédito e ativar a economia.