Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As primeiras impressões do presidente do Parlamento doMercosul, o deputado brasileiro Doutor Rosinha (PT), sobre o referendo de hoje(25) na Bolívia são de “transparência e de garantia da democracia”. O deputadomonitorou votações em seis pontos na cidade de El Alto e disse que o clima foide tranqüilidade e de forte participação popular. “Havia filas nas sessões eleitorais e não percebi nenhumtipo de intimidação. Não havia propaganda de boca-de-urna. O que percebi foi umclima de transparência e de garantia democrática como o referendo que ocorreuem agosto”, comparou o deputado com a consulta popular que confirmou o mandato de EvoMorales.A votação terminou as 16h na Bolívia, 18h em Brasília. Além do deputado, mais 23 observadores do Parlamento doMercosul acompanharam as eleições, inclusive no Departamento (estado) de SantaCruz, governado pelo oposicionista Rubén Costas. Os observadores também atuaramem Cochabamba e em Oruro.Doutor Rosinha considerou que a expectativa da JustiçaEleitoral da Bolívia, de que 80% dos bolivianos tenham comparecido às urnas, devese confirmar.Ainda hoje, os observadores farão uma reunião paracentralizar as informações e, amanhã (26), um relatório com as impressões serádivulgado pelo Parlamento do Mercosul.O referendo tem o objetivo de aprovar ou não uma nova Constituição para a Bolívia. Se vitorioso, o sim tornará permanentes algumasmudanças já implantadas por Morales. Já o não, mantém a atuallegislação.Esta é a segunda vez que os bolivianos vão às urnas em seismeses. Em agosto de 2008, Morales ganhou 67% dos votos em um referendo sobreseu mandato na presidência. O percentual foi maior do que os 54% de apoio queobteve em dezembro de 2005, quando venceu as eleições presidenciais.