Paulo Virgiliio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio ouviu hoje (4) o depoimento do homem quepilotava a embarcação que teria atingido na última quarta-feira (31) oempresário alemão Christian Martin Wölffer, de 68 anos, quando ele nadava noSaco de Mamanguá, em Paraty, litoral sul do estado. Segundo o inspetorMarcos Cerqueira, da 167ª Delegacia, o suspeito, de 28 anos deidade, apresentou-se pela manhã com um advogado. Com ele,apresentou-se para prestar depoimento um casal que estava no mesmo barco. A polícianão quis fornecer detalhes do depoimento e a identidade do suspeito,mas segundoo inspetor Marcos Cerqueira, “a investigação está centrada nas pessoas ouvidashoje”. Os envolvidos podem ser indiciados por homicídio culposo e por omissãode socorro, crimes sujeitos a penas de três anos e um ano e meio de prisão,respectivamente. Wölffer sofreu dois cortes profundos nas costas e foi retirado da água aindacom vida por amigos. Ele morreu antes de chegar à Santa Casa da Misericórdia, emParaty. Entre os que o socorreram, estavam os atores Rodrigo Hilbert e FernandaLima, que também passavam o réveillon na residência do casal Luiz OswaldoPastore e Carolina Overmeer, em que estava o empresário. A polícia informou quevai entrar em contato com os dois atores amanhã (5) para marcar umdepoimento deles. ACapitania dos Portos do Rio de Janeiro também está investigando o caso e jádeterminou a abertura de um inquérito, mesmo antes da conclusão do laudooficial do Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, onde o corpo foinecropsiado. Uma filha do empresário chegou ao Rio para acompanhar a liberaçãodo corpo, que está sendo embalsamado num laboratório em Inhaúma, na zonanorte da cidade. A liberação do corpo deve acontecer amanhã (5).O alemãoChristian Martin Wölffer vivia nos Estados Unidos, onde era dono de umaconhecida vinícola nos Hamptons, reduto de milionários no estado de Nova York.Sua morte teve repercussão em jornais e sites de notícias dos Estados Unidos eda Europa.