Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com a ofensiva das Forças Armadas de Israel naFaixa de Gaza, brasileiros que moram no sul do território judeu, perto das zonas de conflito, estão cada vez mais assustados. Em entrevista hoje (4) à Agência Brasil, as estudantes TatianaPresch e Barbara BenChimol contaram que o lugar mais seguro para ficar neste momento é dentro de casa, onde há quartos de segurança.Moradora de Beer Sheva, Tatiana diz que tem receito quando precisa sair às ruas. “O medo é quando saio de casapara ir à universidade ou para qualquer outro lugar, porque fico em campo aberto.Por mais que a sirene toque [quando há um disparo de foguete], é um risco maior. Sósaímos de casa quando realmente precisamos”.Em busca de um pouco de tranqüiilidade, Tatiana decidiu sair da região de Beer Sheva para ir a Jerusalém na última sexta-feira (2), um dia antes de o Exército de Israel começar a ofensiva por terra contra a Faixa de Gaza. “Desde o começodos ataques [em 27 de dezembro], eu estava da cidade [de Beer Sheva], mas saí para tertranqüilidade, poder respirar ar puro, passear.” A exemplo de Tatiana, Barbara também saiu de Beer Sheva neste final de semana, mas deve retornar logo para casa. As aulas das duas estudantes foramsuspensas por tempo indeterminado por causa do conflito.Para Tatiana, a açãode Israel contra o Hamas é necessária. “Eu apóio aação para assegurar para que todos os moradores deIsrael tenham paz. Os ataques de Israel são contra as bases doHamas."Segundo o porta-voz daEmbaixada de Israel no Brasil, Raphael Singer, a ofensiva épara destruir a infra-estrutura do Hamas. Singer acusou o Hamas deusar civis como escudos humanos e mesquitas para esconder foguetes.