Festival Brasília do Cinema Brasileiro investe em acessibilidade

19/11/2008 - 18h19

Katia Buzar
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Acessibilidade para pessoas com deficiência com o uso de legendas eletrônicas é a principal inovação do 41º Festival Brasília do Cinema Brasileiro. A avaliação é do coordenador geral do festival, Fernando Adolfo, aberto nessa terça-feira (19) na capital federal.Segundo ele, os investimentos em acessibilidade começaram no ano passado quando os deficientes visuais puderam acompanhar os filmes com o aparelho de áudiodescrição (mp3) e os deficietes auditivos com o auxílio de uma intérprete de libras. Este ano, todas as 18 produções da mostra competitiva que serão exibidas em quatro cinemas da cidade até a próxima terça-feira (25), foram legendados."Para esta edição os deficientesauditivos poderão assistir 18 produções comlegendas eletrônicas. Espero que essa  idéia sedissemine em outros festivais e até nos circuítoscomerciais como forma de inclusão para este público”, afirmou Adolfo.Para o coordenador, este ano "os quatro documentários irão se sobressair à grande maioria dos filmes de ficção". Adolfo lembrou ainda que o ineditismo das produções é o forte dofestival. "A novidade do festival é sempre os filmes - osseis longas e os 12 curta-metragens da mostra competitiva - emprimeira mão para o público, inclusive para os próprios diretores e aequipe técnica que os assistem pela primeira vez. Tudo totalmente inédito."O filme escolhido para aabertura do festival, no Hotel Nacional, foi o premiadíssimo São Bernardo (1972), do carioca LeonHirszman. A produção baseada no romance do escritor Graciliano Ramos, chegou a ser proibida na época da ditadura, e foitotalmente restaurada para a apresentação no evento, trazendo inclusive as legendas eletrônicas.Confira os seis longa-metragens que participam da mostra competitiva41º Festival Brasília do Cinema Brasileiro: À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel (SP)Filmefobia, de Kiko Goifman (SP)O Milagre de Santa Luzia, de Sérgio Roizenblit (SP)Ñande Guarani (Nós Guarani), de André Luis da Cunha (DF)Siri-Ará, de Rosemberg Cariry (CE)Tudo Isso me Parece um Sonho, de Geraldo Sarno (RJ)