Da Agência Brasil
Brasília - No Dia da ConsciênciaNegra (21), o senador Paulo Paim (PT-RS) avalia que a demora da Câmara dos Deputados para votar o Estatuto daIgualdade Racial é um empecilho na luta contra opreconceito. “O estatuto está lá há anos. Nãoadianta só falar do tema e não votar. Nósaprovamos por unanimidade no Senado e a Câmara nada”, diz Paim, autor do texto originalO senador lembra que os Estados Unidos aprovaram o seu estatuto na década de 60. "Quarenta e oito anos depois, eles elegem umpresidente negro [Barack Obama]. Eu espero que o Brasil não tenha que esperartodo esse tempo para que isso aconteça aqui”, disse o parlamentar em entrevista ao programa Redação Nacional, da Rádio Nacional.Paim destacou que o estatuto prevê medidas e políticas públicas para combater adiscriminação contra afrodescendentes e lembrou que o racismo ocorre muitas vezes de forma velada no Brasil. “Eu sofria oracismo e só ouvia dizer que ele não existia. Aexclusão do negro ainda existe, e nós sabemos, em todo oterritório nacional.” Para o senador, oDia da Consciência Negra é uma data para reflexãocontra todo tipo de racismo e deveria ser feriado nacional. “Contra a orientaçãosexual, contra a mulher, contra o idoso. Todos aqueles que sãode uma forma discriminados têm o dia 20 de novembro para fazeruma reflexão.”