Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim,  disse hoje que a criação do conselho de defesa sul-americano dará mais peso às posições das nações da América do Sul perante os foros multilaterais internacionais. "Se o Brasil, isoladamente, ou a Argentina, a Bolívia, o Peru ou a Colômbia vierem a propor alguma coisa isolada, isso não tem o mesmo significado se esta proposta for apresentada, por exemplo, pelo Uruguai, falando em nome de todos os países sul-americanos", afirmou.Segundo Jobim, com o conselho de defesa, os países sul-americanos deixam de ter uma posição inferior para terem uma posição de parceiros de outras nações. Ele voltou a rejeitar, no entanto, qualquer possível participação ou intromissão dos Estados Unidos no grupo."Os Estados Unidos não são um país sul-americano. Nós teremos um conselho sul-americano de defesa e não norte-americano. Seria a mesma coisa que o Brasil querer participar de um conselho norte-americano de defesa", afirmou Jobim, depois de participar de um congresso de segurança internacional, no Rio de Janeiro.