Da Agência Brasil
Brasília - A campanha 16 Dias deAtivismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi lançadano Brasil, antecipadamente, hoje (20) por conta do Dia da ConsciênciaNegra. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da EBC,a coordenadora nacional da campanha, Marlene Libardoni, disse que na realidade brasileira "as mulheresnegras sofrem a dupla violência, por serem mulheres e negras.”A campanha escolheu 16dias importantes do calendário para chamar a atençãoda sociedade para o fim da violência contra a mulher. “Aidéia dos 16 é fazer uma vinculação deque a violência contra as mulheres é uma violaçãodos direitos humanos”, defende Marlene. A campanha mundial começana terça-feira (25), Dia Internacional da Não ViolênciaContra as Mulheres e vai até o dia 10 de dezembro, Dia Mundialdos Direitos Humanos. Nesse período, duas datas importantes sedestacam o 1° de dezembro Dia Mundial de Luta contra a Aids eseis de dezembro, marca do movimento dos homens pelo fim daviolência contra as mulheres. O slogan desteano, Há Momentos em que sua Atitude faz a Diferença.Lei da Maria da Penha, Comprometa-se, ressalta que a violênciacontra as mulheres deve ser encarado como problema social. “Acampanha quer chamar cada pessoa a se comprometer, a nãodeixar acontecer a situação de violência contra amulher” explica Marlene. Depois de 2006, quandoa Lei Maria da Penha foi aprovada, Marlene avalia que houve umamelhora, mas que é preciso incentivar a denúncia, “Émuito difícil dizer quanto aumentou ou diminui baseado emdados, porque muitas pessoas não denunciavam. A lei marca umamudança na questão da impunidade, as mulheres denunciame as pessoas também podem denunciar.”O Centro Global deLiderança das Mulheres criou a campanha 16 Dias de Ativismopelo Fim da Violência contra as Mulheres em 1991. No Brasil, a Agende (Ações em Gênero Cidadania eDesenvolvimento) é a ONG responsável pela iniciativa.