Dilma Rousseff destaca papel dos gerentes da Caixa para êxito do PAC

24/09/2008 - 20h33

Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A viabilização das metas de universalização de acesso ao saneamento básico propostas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só será efetivada com a dedicação dos gerentes da Caixa Econômica Federal que cuidam dos contratos de obras nos municípios. Foi o que defendeu a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no fim da noite de hoje (24), durante evento que reuniu gerentes da Caixa de todo o país.“Vocês tem um papel que é o da universalização de certos serviços. A Caixa tem o papel de alicerce e alavanque da universalização do acesso ao saneamento básico e moradia. São problemas que os países desenvolvidos já resolveram. Não há país desenvolvido que não tenha resolvido o acesso a bens fundamentais como água e esgoto. Por isso, nós estamos iniciando o processo de estreitar e reduzir prazos e de viabilizar a universalização”, afirmou a ministra.Dilma Rousseff falou dos desafios propostos pelo PAC, da inclusão de mais de 20 milhões de pessoas na classe C e disse que o Brasil está preparado para enfrentar uma crise internacional.“Tivemos um crescimento robusto. Não abandonamos a robustez fiscal e, ao mesmo tempo, aumentamos os investimentos. Vivemos um momento muito diferente daqueles das crises internacionais anteriores, como as da Ásia, da Rússia e da Argentina”, disse.Ela argumentou ainda que “não temos indício nenhum de contágio [da crise internacional]. Um exemplo de contágio seria se a Caixa não tivesse recursos, porque bancos de fora [do país], semelhantes à Caixa, que financiam moradia, quebraram, e não há nenhum indício disso”.A ministra falou também sobre os desafios nas áreas de educação, agricultura e energia. Ela destacou o trabalho da Petrobras, com a descoberta do petróleo na camada pré-sal, que, para ela, vai trazer recursos que levem ao fim da miséria no país. Com isso, permitirão a extinção antecipada de programas como o Bolsa Família.“Vamos usar esses recursos para encurtar projetos, porque, com o Bolsa Família, vamos levar ainda de 15 a 18 anos para acabar com a miséria do país. O pré-sal vai antecipar esses passos, porque eram recursos que a economia tinha que gerar em mais tempo. A redução da pobreza significa modificações nas condições de acesso a esgoto e água tratada, e nós não faremos isso sem a Caixa”, declarou.