Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os Jogos Olímpicos ajudam a aquecer as economias dos países que o sediam. Isso é o que mosta texto divulgado hoje (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o impacto das Olimpíadas nas cidades-sedes, regiões e países. O estudo aponta que o turismo é um dos fatores mais crescem nos países que recebem os Jogos Olímpicos. Para realizam o estudo, os pesquisadores do instituto basearam-se em números das Olímpiadas de Barcelona (1992), Sidney (2000) e Pequim (2008). Um dos pontos mostrados no documento explica que Jogos Olímpicos são estimuladores de turismo, como foi o caso da Austrália. De acordo com fontes oficiais, 45% de turistas norte-americanos afirmaram que estavam dispostos a conhecer Sidney logo após a cidade ter sido anunciada como sede dos jogos de 2000. Já em Pequim, as Olímpiadas foram apenas o começo de uma nova política de meio ambiente e infra-estruturá que perdurará até 2015. Estima-se que os investimentos até esta data sejam em torno de US$ 1,1 bilhão. Para os chineses, os Jogos Olímpicos também serviram para mostrar ao mundo do que a China é capaz de oferecer, impulsionando o crescimento da economia nos próximos anos. O estudo do Ipea revelou ainda que os Jogos Olímpicos tiveram um impacto positivo sobre a taxa de desemprego em Barcelona, cidade-sede do evento em 1992. No período compreendido entre outubro de 1986 a julho de 1992, a taxa, que vinha crescendo, caiu de 18,4% para 9,6% (contra 15,5% no resto da Espanha). Os especialistas do instituto alertam, porém, que as discussões sobre o tema devem ser considerados antes de candidatar uma cidade para ser sede das Olímpiadas, como é o caso do Rio de Janeiro, que tenta sediar as competições de 2016. De acordo com o texto do Ipea, é necessário observar desde a relação custo-benefício de organizar um evento de porte internacional até calcular se os investimentos atenderão critérios democráticos e sociais.