Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A inflaçãocontinua sendo motivo de preocupação, mas não hárazão para “alarido”, disse hoje (10) o ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo.Ele defendeu que mesmo a contragostode membros do próprio governo, não será possívelevitar o corte dos gastos públicos e o aumento de 0,5 pontopercentual no superávit primário, além dotradicional instrumento da elevação da taxa de juros,como medida de controle da inflação.“Édoloroso, mas temos que fazer”, defendeu.O ministro disse quemesmo com medidas para conter a inflação, não sepode reduzir de forma muito drástica o acesso ao crédito.Noano passado o volume de crédito subiu de 22% para 35% doProduto Interno Bruto (PIB), a soma de tudo o que o paísproduz. “As pessoas que têmacesso ao crédito estão investindo ou consumindo, eisso beneficia o setor produtivo”, afirmou.Paulo Bernardo disseque a previsão de crescimento de 5% para a economia este anodeve se concretizar. Embora admita que a economia deve arrefecer nopróximo ano, ele considerou precipitadas algumas projeçõesde analistas para o recuo entre 3% e 3,5%.