Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade foi de 1,37% no primeiro trimestre

11/04/2008 - 11h34

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida para as famílias nas quais maisda metade dos membros têm acima de 60 anos ficou em 1,37% nosprimeiros três meses do ano. É o que mostra o Índicede Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), divulgadohoje (11) pela Fundação Getúlio Vargas.Noprimeiro trimestre, a alta dos preços teve menor impacto paraa terceira idade do que para a população em geral,medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), queficou em 1,43%. Mas, nos últimos 12 meses, o índice daterceira idade registrou alta de 4,84%, contra um IPC acumuladoinferior, de 4,52%.Em relação ao quartotrimestre do ano passado, o IPC-3i avançou 0,2 pontopercentual, passando de 1,17% para 1,37%.O economista da FGVAndré Braz explicou que a inflação foi menossentida pela terceira idade devido ao reajuste das mensalidadesescolares, em janeiro. “Como o primeiro trimestre capta osreajustes das mensalidades escolares, o peso para o idoso émenor. Isso porque, nessa faixa etária, os investimentoscostumam ser menores em educação”.Jáno acumulado do ano, o peso maior para os idosos é explicadoem razão da alta nos alimentos. “A alimentaçãosubiu muito nos últimos 12 meses, mais de 8%. Essa classe dedespesa pesa mais para o idoso devido aos cuidados com saúde,com a maior compra de alimentos in natura e derivados doleite”, disse Braz.No cálculo do IPC-3i, o itemeducação tem um peso de 4,36%, contra 8,54% para oIPC. Os maiores pesos na composição do índice daterceira idade são com planos de saúde e medicamentos.Já os gastos com transportes públicos urbanos têmmenor impacto, por causa do passe livre.Das sete classes dedespesa que compõem o indicador, seis tiveram altas e apenasum caiu. As altas foram verificadas em alimentação(2,47%), habitação (0,84%), saúde e cuidadospessoais (1,15%), educação, leitura e recreação(3,09%), transportes (0,13%) e despesas diversas (1,08%). A únicaqueda ficou para vestuário (-1,13%), devido àsliquidações de verão.