Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A infra-estrutura dos aeroportos localizados nasproximidades da cidade de São Paulo não comporta o crescente do tráfego aéreo naregião e isso pode pôr em risco os passageiros de vôos comerciais e,principalmente, particulares. O alerta é do vice-presidente daAssociação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano."O tráfego aéreo em São Paulo está aumentando muito e, porconta disso, a infra-estrutura está deficiente”, disse Febeliano. “Essa faltade infra-estrutura está forçando os aviões a usarem aeroportos nas redondezasde São Paulo, que não têm as mesmas condições de segurança encontradas emCongonhas, Guarulhos e Viracopos.”Estimativas apresentadas pela associação apontam que o Brasildeve ter, até 2010, mais 80 helicópteros de grande porte e 500 aviões circulando emseu espaço aéreo. Dessas aeronaves, 40% seriam adicionadas à frota de São Paulo.O dado preocupa o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Quanto ao número dehelicópteros, o aumento seria de cerca de 10% - existemhoje 600 helicópteros operando só na aviação geral, ou seja, executiva.Para tentar assegurar os passageiros, um grupo de trabalhofoi montado pelo Cenipa e elaborou 49 propostas de medidas de segurança, queestão em análise. De acordo com Febeliano, a maior parte delas diz respeito àinfra-estrutura.“O que nós estamos propondo é: primeiro, melhorar ainfra-estrutura dos aeroportos de Sorocaba, Jundiaí, Bragança Paulista e outrosaeroportos em volta de São Paulo; segundo, evitar tráfego desnecessário em cimade São Paulo, deixando que aviões fiquem mais de dois dias estacionados emGuarulhos; e terceiro, tornar mais útil o Campo de Marte”, resumiu vice-presidente da Abag.Uma reunião, que vai avaliar quais das propostasserão postas em prática, deve ser realizada daqui a seis meses.