Ministérios Públicos de DF e de Goiás firmam parceria para combater violência no Entorno

05/12/2007 - 22h46

Paula Groba
Repórter da Rádio Nacional de Brasília
Brasília - Os Ministérios Públicos do Distrito Federal e de Goiás firmaram hoje (5) uma parceria para combater a violência no Entorno do DF. O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, e o procurador-geral do Ministério Público de Goiás, Eduardo Abdon, assinaram a portaria conjunta que cria o Grupo de Coordenação para implementar o Projeto Entorno.Pelo projeto, uma equipe de promotores dos dois Ministérios Públicos atuará em conjunto para resolver problemas sociais que atingem a região e estimulam a criminalidade. De acordo com Bandarra, a idéia é que os Ministérios Públicos fiscalizem as políticas públicas para o Entorno.Segundo o procurador-geral do DF, o trabalho integrado possibilitará que o Ministério Público observe os principais problemas que atingem determinada comunidade e verifique se o dinheiro público está sendo aplicado de forma correta. "Vamos unir promotores da área de saúde, por exemplo, para atuarem conjuntamente para fazer com que o Estado cumpra o seu dever, como a construção de ambulatórios e hospitais”, explicou.Os dois procuradores ressaltaram que a atuação da Força Nacional de Segurança tem trazido maior tranqüilidade para as quatro cidades do Entorno que receberam as tropas (Valparaíso, Novo Gama, Cidade Ocidental e Luziânia). Eles, no entanto, ressaltaram que o trabalho da polícia precisa ser complementado por políticas sociais.Para o procurador-geral de Goiás, Eduardo Abdon, a Força Nacional de Segurança não resolverá sozinha a violência no Entorno. "A atuação da Força de Segurança Nacional é interessante, traz tranqüilidade e sensação de segurança à população, mas não ataca as causas da criminalidade, que é um dos objetivos dessa atuação conjunta dos Ministérios Públicos", afirmou.A integração visa também a tornar mais rápida a prisão de criminosos que atravessam a divisa do DF e de Goiás. "Vamos trabalhar conjuntamente para que se faça um pedido de prisão mais rápido, agilizando todo o processo de prisão que antes, poderia demorar dias ou semanas para ser oficializado", destacou Bandarra.