Deborah Souza
Da Agência Brasil
Brasília - A 7ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente pode tomar posições que ratifiquem o que defende o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), como rejeitar a construção de mais abrigos, ou de mais unidades de internação destinados a crianças e adolescentes vítimas da violência, ou em conflito com a lei. A expectativa é da presidente da instituição, Carmen Oliveira. “Os abrigos e as unidades de internação para crianças e adolescentes devem ser usados na excepcionalidade e não como porta de entrada de atendimento. Estamos propondo alternativas aos abrigos e às unidades de internação para ter uma rede de atendimento básico, onde a criança e o adolescente estão próxima à comunidade do convívio da família”, disse Carmen Oliveira, em entrevista à Agência Brasil.Para presidente do Conanda a participação de delegados adolescentes foi muito importante para a conferência, a primeira de caráter deliberativo. De acordo com ela, 20%, de um total de 1500 delegados que participam, neste ano, são menores de 18 anos e têm direito a voz e voto.“É uma proporção significativa, a maior das sete conferências. Com isso, queremos dizer da importância de chamar o adolescente para esse protagonismo. Ele não é um futuro cidadão, ele já é alguém que nós devemos escutar e estar junto na formulação das políticas públicas.”A conferência, que termina hoje (6), serviu para a discussão das duasnovas políticas nacionais aprovadas pelo Conanda no ano passado: aPolítica do Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei e aConvivência Familiar e Comunitária. A Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente se realiza a cada dois anos, desde 1991.