Jobim diz que melhorias no aeroporto do Galeão são prioridade para reorganização da malha aérea

04/12/2007 - 21h39

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao anunciar hoje (04) um projetoque prevê mudanças na tarifação do tempo de permanência de aeronaves em solo emalguns dos principais aeroportos do país, com o objetivo de descongestinarterminais saturados, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, revelou que o aeroportodo Galeão, no Rio de Janeiro, terá importância estratégica e receberá atençãoespecial.

“A ordem expressa do presidenteLula para a Infraero é dar uma prioridade absoluta ao terminal Tom Jobim [Galeão], que precisa de melhorias para receber o ônus decorrente dareformulação via tarifação”, disse Jobim em entrevista coletiva.

A proposta que será colocada pela Agência Nacional deAviação Civil (Anac) em consulta pública prevê o aumento da tarifação nos aeroportosde Congonhas e Guarulhos, em São Paulo. A avaliação é de que as taxas cobradasatualmente em Congonhas, por exemplo, são baratas, se observadas a localizaçãoprivilegiada do terminal na capital paulistana. Assim, a permanência de aeronaveslá por mais de 45 minutos implicará em aumento de 1000% na tarifa inicial de R$ 2,51 por tonelada.  

Em Guarulhos, o acréscimo datarifa será de 5200% (US$ 0,35 tonelada por hora para US$ 18,29) paraas aeronaves internacionais que ultrapassarem 3 horas de permanência. Um levantamento divulgado pelo ministro da Defesa aponta que as tarifas vigentes no aeroporto de Guarulhos são inferioresàs cobradas em pelo menos 36 grandes aeroportos do mundo.

O governo propõe a redução das tarifas de navegação aérea no trechoGaleão-Guarulhos e de pouso no terminal carioca. As alterações, segundo Jobim, vãogarantir maior eficiência no uso da infra-estrutura aeroportuária brasileira,reduzindo a vulnerabilidade da malha a eventos ocorridos em São Paulo: “Esseconjunto de medidas permitiria uma desconcentração da malha das companhiasaéreas, incrementando a percepção de segurança e a confiabilidade de todo osistema”.