Diretor da AIEA visita indústria nuclear em Resende quinta-feira

04/12/2007 - 14h55

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, visita nesta quinta-feira (6) as instalações das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, no Rio de Janeiro. A empresa é responsável pelo enriquecimento de urânio e a fabricação de combustíveis para as usinas nucleares Angra 1 e 2.Segundo a assessoria de imprensa da INB, Baradei e comitiva querem conhecer os avanços e a situação atual da tecnologia nuclear do Brasil. Ele será recebido pelos presidentes da INB, Alfredo Tranjan Filho; da Eletronuclear, Othon Pinheiro da Silva, e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Odair Dias Gonçalves, além de representantes do Itamaraty e da Marinha.A fábrica de enriquecimento de urânio, que faz parte do complexo nuclear de Resende e funciona de forma pré-operacional, foi inaugurada em maio de 2006. Sua instalação exigiu autorização da AIEA. Para conferir se o urânio não seria enriquecido em escala militar, a agência determinou que em 2004 técnicos viessem ao Brasil e conhecessem o processo de enriquecimento do mineral usado como combustível nuclear.Depois de uma vistoria, os técnicos reconheceram que o projeto enriquecimento de urânio brasileiro tinha fins pacíficos, já que era feito em níveis muito baixos para serem usados em armamentos nucleares.Baradei chega ao Brasil na noite de hoje (4). Amanhã (5), às 8h30, será recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em Brasília. Em seguida, o diretor da AIEA se reúne com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. A visita à INB está prevista para quinta-feira. O Brasil é membro fundador da AIEA, organização internacional afiliada às Nações Unidas, que tem sede em Viena, na Áustria, e conta com 144 Estados-membros. A Agência, fundada em 1957, tem como objetivos promover a cooperação para o uso pacífico da energia atômica e para a segurança nuclear, bem como contribuir para os esforços de não-proliferação de armas nucleares.