Alex Rodrigues
Enviado especial
Caracas (Venezuela) - Para parte dosobservadores internacionais que acompanharam hoje (2) o referendo sobre a reforma da constituição venezuelana, o processo de votaçãofoi transparente e transcorreu normalmente. Destacando aparticipação popular e a tranquilidade do referendo, o espanhol Diego Navarro fez um balanço positivo do sistema de votaçãovenezuelano que, a exemplo do Brasil, utiliza urnas eletrônicas para tornar o processo mais ágil e seguro. “Devemos aprender comeste sistema eleitoral que é um exemplo."O chileno Nelson Ávilaassegurou que as urnas eletrônicas são invioláveis.No entanto criticou o acirramento da disputa entre os que se opõemao projeto e os que o apóiam. “Houve muitairresponsabilidade da parte dos líderes políticos,particularmente da oposição, em termos de desconhecer alegitimidade e a transparência de todo o processo. Uma coisa écriticar a forma como a pergunta foi feita, mas daí aquestionar todo o sistema me parece algo improcedente”, afirmou.Mário SeingGimenez, da Costa Rica, disse ter ficado impressionado com aparticipação popular e também deu destaque àutilização de urnas eletrônicas falando quegostaria que a Venezuela emprestasse algumas delas a seu país. “Na Costa Rica não temos nada igual, acho que [asurnas] são muito importantes para garantir ao eleitor e àpopulação em geral a transparência da votação”Segundo Gimenez,diretores do CNE garantiram que não há qualquerpossibilidade dos votos dos eleitores serem identificados. Ángel Borello,da Argentina, apoiou a realização do referendo. “Este éum país que vem consolidando sua maneira de tomar decisõesdemocraticamente”.