Luiza Duarte
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) pedirá ao Ministério Público Estadual, na segunda-feira (16), que investigue o suposto desaparecimento de provas das 19 mortes ocorridas no conjunto de favelas do Complexo do Alemão, no último dia 27.Segundo o presidente da comissão, João Tancredo, houve destruição de provas que poderiam esclarecer mais detalhes da ação policial, o que reforçaria as suspeitas de execução em nove dessas 19 mortes.“A conclusão objetiva do laudo é que embora se possa deduzir que houve a execução não se pode concluir, porque foram destruídas provas, como vestes das vítimas, não foram realizadas perícias no local, os locais do crime foram desfeitos e os corpos, arrastados pelos policiais na comunidade. A petição narra isso e pede que se instaure um procedimento para apurar de quem é a responsabilidade”, disse Tancredo.Em nota oficial, a OAB já informou que os laudos foram encaminhados à Secretaria Nacional de Segurança Pública. E que com o objetivo de oferecer assistência jurídica à população, instalará um Posto Avançado no Complexo do Alemão.Na manhã de hoje (13) ocorreram novos confrontos na Favela da Grota, do Complexo, que envolveram a Força Nacional de Segurança e não deixaram feridos. A ocupação policial do conjunto de favelas começou no dia 2 de maio e mais de 40 pessoas morreram, além das 80 que ficaram feridas.