Paraná investiga se casos de dengue confirmados foram contraídos no estado ou em outras regiões

28/03/2007 - 1h04

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A Secretaria de Saúdedo Paraná registrou de janeiro até hoje (28), 2.918casos de dengue no estado. Segundo o coordenador de Endemias,José Francisco Konolsaneisen, atualmente mais 48 casosforam confirmados e estão sendo investigados para saber se sãoautóctones – adquiridos no local onde a pessoa vive - ou seforam contraídos em outros municípios ou estado.Até agora, asecretaria trabalha com 7.845 casos notificados – o materialfoi colhido nos postos de saúde, há suspeita dadoença, mas falta o resultado de laboratório paraa confirmação. Noano passado, nesse mesmo período, a Secretaria de Saúdehavia confirmado 184 casos em todo o Paraná.Overão é a época de maior proliferaçãodo mosquito transmissor da doença, lembra o coordenador . Astemperaturas têm se mantido em torno dos 30 graus empraticamente todo o estado. O forte calor registrado no anopassado nos meses que deveriam ser mais frios, comojulho, contribuiu para o grande número de casosregistrados nesse início de ano.“Somadasàs adaptaçõesbiológicas do vetor e ao ciclo sazonal da doença, quetende a aumentar e diminuir em determinados períodos, asituação já era esperada”.Nestasemana os trabalhos de combate àdengue ganharam o reforço da atuação da  PolíciaMilitar do Paraná. Os policiais aproveitarão o trabalhode rotina como o Projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante), aPatrulha Escolar Comunitária e o Proerd (Programa Educacionalde Resistência às Drogas e à Violência)para distribuir material educativo produzido pela Secretaria de Saúdeorientando o cidadão a identificar e eliminar ospossíveis criadouros de mosquitos.Segundoo coronel Jorge Costa, do Comando da Capital , policiais de Curitiba,Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel e cidadesvizinhas receberam 200 mil folhetos, com orientaçãosobre a doença.“Nãonegligenciaremos o nosso trabalho, vamos aproveitar as visitasnormais para prestar as informações. Não vamosvisitar residências, vamos apenas orientar a população, cumprindo nosso dever de cidadão”.ParaKonolsaneisen, a participação da populaçãocom ações simples é fundamental para ocontrole da proliferação do Aedes aegypti, omosquito transmissor. O estado está mantendo cursos deatualização técnica nas regionais de Saúdepara 2.350 agentes que trabalham no combate à doença.Segundoo coordenador, cada agente cobre uma área com cerca de milimóveis, que recebem visitas bimensais, nos municípiosonde a situação é mais preocupante. "Oagente investiga se há focos e orienta o moradorsobre como evitar a formação de criadouros do Aedesaegypti".