Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O anúncio da compra da Nova Varig pela companhia aérea Gol Linhas Aéreas reabre o debate do futuro da aviação civil brasileira, a situação de concorrência no país, e o impacto para os consumidores. A compra ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de AviaçãoCivil (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).A Nova Varig surgiu após o longo processo de recuperação judicial da empresa, realizado no ano passado. A empresa foi adquirida por sua ex-subsidiária, a Varig Logística (Varig Log) no dia 20 de julho de 2006,  por US$ 24 milhões - o equivalente a R$ 52,3 milhões de acordo com o câmbio da época. A proposta da Varig Log foi a única apresentada no leilão judicial.De acordo com o estabelecido no leilão, a Varig Log assumiu R$ 245 milhões em bilhetes já emitidos pela Varig e também R$ 70 milhões do programa de milhas Smiles, que computa trechos grátis para os passageiros a cada viagem feita. A compradora também assumiu o compromisso de emitir debêntures, ou títulos de dívida da Varig, no montante de R$ 100 milhões.A Nova Varig recebeu o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no dia 14 de dezembro do ano passado, o que possibilitou a entrada em operação da companhia. Já a Varig Logística (Varig Log) e a Varig Engenharia de Manutenção (VEM), ambas subsidiárias da Varig, haviam sido adquiridas pela TAP, de Portugal, junto a investidores brasileiros em novembro de 2005.