Ministério Público discute cronograma para investigações e retomada de obras do metrô

28/03/2007 - 21h00

Gabriel Corrêa, Renato Brandão e Elaine Patrícia Cruz
Da Agência Brasil
São Paulo - Representantes da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), do Instituto de Criminalística (IC), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Ministério Público do estado e do Consórcio Via Amarela reuniram-se na tarde desta quarta-feira (28) para discutir a situação da estação Pinheiros do metrô. A assessoria do Ministério Público informou que o resultado da reunião não será divulgado.As obras da estação Pinheiros do metrô paulistano desabaram em 12 de janeiro deste ano matando sete pessoas e comprometendo residências da região. Desde o dia 30 de janeiro, as obras estão interditadas. Um relatório técnico sobre as causas do acidente deverá ser feito pelo IPT, mas ainda não foi realizada uma inspeção dentro da área desabada.De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, que responde pelo Instituto de Criminalística, a partir dessa reunião preliminar deverá ser elaborado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que trará o plano de perícia, escavação e contenção do local. O promotor de Habitação e Urbanismo, Carlos Amin Filho, não deu detalhes sobre a reunião. Ainda não há prazo, segundo o Ministério Público, para conclusão do termo de ajuste de conduta.Há mais de dois meses, o trecho soterrado do túnel está lacrado por risco de novos desabamentos. Apenas técnicos e engenheiros dos órgãos ligados às investigações e obras de reforço na estrutura do túnel têm acesso às proximidades da área interditada. Segundo o IC, os testes de segurança e análises do solo deverão ser realizados até setembro.De acordo com a Delegacia Regional do Trabalho da 3a Região (DRT-SP), que interditou as obras em 30 de janeiro, estas só poderão ser retomadas após o Consórcio Via Amarela entregar um laudo técnico que comprove a segurança da construção. A preparação desse laudo depende da execução da TAC que ainda está sendo montada junto ao MP.Na semana passada, o IPT finalizou um laudo que garante a estabilidade do terreno próximo ao desabamento, no qual estão as casas afetadas pelo acidente.