Região Centro-Oeste concentrou 65% dos casos de dengue no país até o dia 12

21/03/2007 - 11h49

Cleide Lopes Vieira
Repórter de A Voz do Brasil
Brasília - O número de casos de dengue aumentou 30%nos três primeiros meses deste ano, em relação aomesmo período do ano passado. Até o dia 12 de março,85 mil casos foram registrados em todo país, cerca de 65%deles concentrados na região Centro-Oeste.Mais 40 mil casos foram notificados na cidade deCampo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e o Ministério da Saúdejá considera que exista uma epidemia no estado.O coordenador geral do Programa Nacional deControle da Dengue do Ministério da Saúde, GiovaniniCoelho, atribui o crescente número de casos da doençano Centro Oeste a dois fatores principais: o volume de chuva em todopaís e o surgimento de uma nova forma do vírus.''Neste ano tivemos na região Centro-Oeste,em particular no Mato Grosso do Sul, um período atípicoe irregular de chuvas, determinadas provavelmente pelo fenômenoEl Niño. Além disso tivemos a introduçãorecente no estado, diferentemente de outras regiões do país,do vírus soro tipo dengue 3, que encontrou uma populaçãoainda sem imunidade”.Segundo o coordenador, as ações decombate à doença são permanentes, os recursossão repassados a todos as secretarias estaduais de Saúdemensalmente e sua aplicação tem acompanhamento doministério.''O ministério tem um grupo demonitoramento, ainda pequeno dado o tamanho do país, que faz aavaliação não só dos recursos destinadosa dengue mas outros recursos destinados à vigilância esaúde”.Giovanini Coelho informou que, além daavaliação especifica da Secretaria de Vigilânciae Saúde do ministério, existem outros órgãosda administração pública que acompanham autilização dos recursos, como por exemplo oDepartamento Nacional do Sistema Único de Saúde(Denasus), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a própriaControladoria Geral da União (CGU).O coordenador destacou que além de todos osesforços e recursos oficiais, o combate à dengue requero empenho da população."Na verdade o maior perigo mora dentro decasa. É preciso que a população se envolva nocombate à doença, ajudando de maneiras simples como porexemplo trocar a água dos pratinhos de planta por areia e nãodeixar nenhuma quantidade de água parada, por menor que seja,para não se transformar em criadouro do mosquito”.Ele lembra ainda, que a populaçãodeve ajudar os agentes de saúde, facilitando a entrada delessuas portas para que eles nos quintais para que eles possam combateros focos e os criadouros do mosquito. Segundo ele a resistênciadas pessoas em deixar os agentes entrar em casa também temcontribuído para o aumento no número de casos da doençaem todo país.