Consórcio da Juventude inseriu quase 60% no mercado formal de trabalho em 2006, diz DRT

14/03/2007 - 21h04

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Dentre os quase 1,7 mil jovens qualificados em 2006 pela 2ª edição do Consórcio Social da Juventude em Porto Alegre e na região metropolitana da capital gaúcha, 58,2% foram inseridos no mercado formal de trabalho e mais de 500 foram encaminhados para estágios.“Eles foram contratados com carteira assinada a partir da quota de 5 a 15% de aprendizes que as empresas precisam contratar, seguindo a Lei da Aprendizagem”, informou hoje (14) a coordenadora da assessoria de Qualificação de Políticas para a Juventude, da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Rio Grande do Sul, Elizete Ramos.Segundo ela, o estágio – oferecido no estado principalmente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) – permite a garantia de, no mínimo, mais um ano de capacitação. “Com os estagiários recebendo meio salário mínimo e com todos os direitos legais trabalhistas”.Priscila Andrini  Franco, de 19 anos, qualificada em Atendimento ao Público em um dos 87 cursos ministrados na região, trabalhou como estagiária em um hospital de Porto Alegre. Ela conta que não tinha nenhuma experiência e que no curso adquiriu conhecimento que serviu de complemento para o mercado de trabalho.Além dessa formação, ela destaca a capoeira, que aprendeu no Centro da Juventude, espaço onde funciona a coordenação do projeto e onde são desenvolvidas oficinas e atividades sociais com os participantes. Além da qualificação básica (que abrange aulas de inclusão digital, estímulo e elevação de escolaridade, cidadania e direitos humanos), os jovens receberam formação profissional em diversas atividades, como turismo, vestuário e confeitaria.No ano passado, participaram do programa adolescentes de baixa renda com idade até 24 anos, que cursam o ensino fundamental e médio em 10 municípios da Grande Porto Alegre. Segundo a DRT, 163 jovens já qualificados no estado estão montando o próprio negócio. São 13 empreendimentos em áreas como padaria e confeitaria; impressão; serigrafia e plotagem; fabricação de calçados, bolsas, cintos e acessórios; horticultura; e marcenaria.Ramos disse que a expectativa da DRT para o 3º módulo do programa (em análise pelo Ministério do Trabalho e Emprego) é aumentar para 2,5 o número de vagas a serem oferecidas na região.