PAC cria empregos e promove inclusão social, afirma Furlan

14/03/2007 - 20h48

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Investimentos em infra-estrutura, desoneração tributária e desburocratização formam a espinha dorsal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A afirmação foi feita hoje (14) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao participar de seminário sobre Desenvolvimento Econômico Sustentável, na Câmara dos Deputados.Segundo o ministro, as três vertentes convergem para pontos comuns, e a criação de empregos é um deles. Furlan destacou que investimentos na reativação da construção civil, em saneamento básico, habitação e na conexão de hidrovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além de energia elétrica, são fundamentais na geração de empregos. “São ações que criam grande número de empregos e, ao mesmo tempo, promovem inclusão social”."Infra-estrutura é a palavra-chave para tornar o Brasil mais competitivo”, afirmou o ministro. Mais importante, inclusive, do que a desvalorização do dólar, reclamada pelos exportadores, completou. “O que mais desestimula a exportação são os custos de produção maiores que os de nossos concorrentes; e um dos fatores é a carência de infra-estrutura, principalmente na área logística”.O ministro ressaltou que o segundo ponto mais importante no tripé de sustentação do PAC é a desoneração (redução da carga tributária) de investimentos e da produção, e lembrou que, assim como ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que “desonerar o investimento não é perda fiscal”. Ao contrário, a redução de impostos “potencializa o investimento e o desenvolvimento”, com ganhos de competitividade e crescimento da economia, mais geração de empregos e renda, acrescentou.Furlan destacou o efeito multiplicador da desoneração fiscal nos produtos de grande consumo, como os alimentos que compõem a cesta básica e material de construção, dentre outros. Como exemplo, citou a isenção fiscal na comercialização de computadores até R$ 2,5 mil, que “proporcionou uma revolução”, com ampliação anual de 40% na produção de computadores, sem falar na revolução que possibilita também na área de educação e capacitação dos jovens para o mercado de trabalho.O ministro observou que existe carência de mão-de-obra especializada no mercado, principalmente nas áreas de telecomunicações e de informática, nas quais o Brasil tem potencial para formar 100 mil novos empregos nos próximos quatro anos. Para ele, o gargalo da falta de engenheiros e técnicos capacitados “é preocupante, mas é um bom problema”.Furlan afirmou ainda que a simplificação da burocracia é outro aspecto importante para o país, porque reduz custos para as empresas e para o Estado - e “à medida que se economizam custos desnecessários, que oneram a produção, vai sobrar recursos para investir naquilo que é relevante. Com isso, vamos ter o almejado crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] no nível de países que hoje pontificam na economia mundial”.Enquanto o PIB (soma das riquezas produzidas no país) do Brasil cresceu 2,9% no ano passado, a economia da China evoluiu 10,7%, seguida de perto pela da Índia, com 9,2%, e a da Rússia, com 6,7%. China, Índia e Rússia, juntamente com o Brasil, formam a sigla BRICS, usada para designar os países cujas economias serão, potencialmente, superiores às das atuais potências econômicas nos próximos 40 anos, segundo estudo do banco de investimentos Goldman&Sachs, excetuando-se Estados Unidos e Japão.